Atos 15, 1 – 12 relata que certos homens da seita dos fariseus, levantaram-se,
e disseram que os gentios não poderiam ser salvos a menos que eles respeitassem
a lei de Moisés e que, após dada essa opinião, os apóstolos e os anciãos se
reuniram para deliberar e discutiram muito sobre este
assunto. Pedro,
então, resolveu a controvérsia, dizendo: "Por que tentais a Deus para
colocar um jugo, sobre a cerviz dos discípulos, que nem nossos pais nem nós
pudemos suportar? Mas acreditamos que, pela graça do Senhor Jesus Cristo, seremos salvos assim
como eles ".
Pedro, por meio desse protesto, contradiz a opinião do próprio Jesus, como mostra o conselho dado ao homem rico que o tinha consultado a respeito de quais das leis ele deve observar, etc. (Ver Mateus 19, 16-19). Mostramos, além disso, num capítulo anterior, que a lei de Jesus, se cumprida ao pé da letra, é mais rigorosa do que o código Mosaico, e absolutamente impraticável nos assuntos da vida social. Nós já apontamos que a sugestão feita por Jesus ao homem rico, no sentido de que ele deveria vender tudo o que tinha e distribuir o dinheiro entre os pobres, foi sabiamente ignorada por todos os seus discípulos e seguidores. Paulo também considerou adequado designar a lei de Moisés de "jugo de escravidão" (Gálatas 5, 1), assim como não se submeter à humilhação recomendada por Jesus. Veja o Capítulo 27 da segunda parte deste trabalho.
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