quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Parte 1, Capítulo 49 - Várias inconsistências entre os ensinamentos de Jesus e as práticas cristãs



Um extraordinário grau de inconsistência apresenta-se em vários pontos, quando comparamos a doutrina dos cristãos com os ensinamentos de Jesus e de seus Apóstolos.

Em primeiro lugar, vemos que Jesus não fez com que fosse chamado “Deus” em nenhuma parte do Novo Testamento, mas continuamente chama-se "homem", ou "o Filho do Homem"! O título de divindade atribuída a Jesus, consequentemente, foi-lhe conferido sem a aprovação desse livro cuja autoridade é reconhecida pelos cristãos.

Em segundo lugar, notamos que Jesus afirma, em várias passagens, que ele não veio para abolir a lei de Moisés, mas a mantê-la! Assim, lemos em Mateus 5, 17-18: "Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir; pois em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til, de modo nenhum passará da lei, até que tudo seja cumprido". De uma maneira similar, encontramos em Lucas 16, 17: "E é mais fácil o céu e a terra para passarem do que um til da lei falhar". No entanto, os cristãos insistem em acreditar que a dispensação mosaica não está mais em vigor, mas foi substituída pela de Jesus.

Em terceiro lugar, observa-se a partir das palavras de Jesus que ele pensava que a felicidade eterna dependia da obediência às leis sagradas de Moisés, pois quando perguntado pelo homem rico o que ele deveria fazer a fim de ganhar bem-aventurança na vida eterna, Jesus respondeu (Mateus 19, 17-19): " Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo". O cristão dos nossos dias afirma que a única condição de que a vida eterna depende é a crença em Jesus como o Salvador da alma! Jesus ensinou além disso ao jovem [Mateus 19, 21] "Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres". Este preceito nós nunca vimos ser realizado por qualquer Cristão.

Em quarto lugar, em nenhum lugar encontramos o cristão que se submete à humilhação ensinada por Jesus aos seus discípulos, quando disse (Lucas 6, 29): "E ao que te ferir numa face, oferece também a outra; e o que tira a tua capa, dá-lhe teu casaco também", etc.

Em quinto lugar, temos de salientar que enquanto os cristãos acreditam que Maria, depois de ter dado à luz a Jesus, ainda permaneceu virgem, o próprio Jesus não tinha essa opinião, pois, de acordo com João 2, 4, ele disse: "Mulher, que tenho eu contigo?".

Em sexto lugar, encontramos os cristãos em desacordo, não só diferindo da proibição mosaica contra comer sangue, ou da noaica [anterior ao judaísmo], mas mesmo da que lemos em Atos 15, 20 [escrito puramente cristão!!!]: “mas escreve-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue.". Veja também 15, 29 e 21, 25.

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