Deuteronômio 14, 3: "Tu não
comerás qualquer abominação". Os
cristãos apontam, contra essa passagem, a de Mateus 15, 11: "Não é o que
entra na boca do homem que contamina, mas o que sai da boca, isso contamina".
Eles
nos consideram, portanto, no erro por não comer animais impuros.
REFUTAÇÃO:
Independemente
dos motivos de economia, as pessoas podem recusar certos artigos de comida por
diferentes motivos. A
comida pode ser muito cara e, portanto, não adequada a pessoas de baixa
condição; ou
pode ser de uma qualidade muito inferior, e, portanto, inadequada para um homem
em um elevado padrão de vida. É
óbvio que os cristãos não vão argumentar que a comida dos animais imundos nos é
negada por causa do luxo de tal nutrição, ou por indignidade dos israelitas, pois
a Escritura ensina o inverso, ou seja, Que certas criaturas são impuras, e que os israelitas são uma
nação santa. Assim,
se os cristãos participam de alimentos denominados impuros, eles, por certo, consideram-se
profanos. Nossa
conclusão é corroborada pela Escritura, pois lemos em Levítico 11, 8:
"eles [certos animais] serão imundos para você". Isso
implica que eles devem ser proibidos para vocês, israelitas, que são uma nação
santa, mas não para vocês, os gentios, que não foram igualmente distinguidos
pelo Todo-Poderoso.
De teor semelhante é a admoestação em Levítico 11, 43-44: " Não se contaminem com qualquer desses animais. Não se tornem impuros com eles nem deixem que eles os tornem impuros. Pois eu sou o Senhor Deus de vocês; consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo. Não se tornem impuros com qualquer animal que se move rente ao chão". Veja também Levítico 20, 25-26: " "Portanto, façam separação entre animais puros e impuros e entre aves puras e impuras. Não se contaminem com animal, ou ave, ou com qualquer criatura que se move rente ao chão, os quais separei de vocês por serem eles impuros. Vocês serão santos para mim, porque eu, o Senhor, sou santo, e os separei dentre os povos para serem meus".
De teor semelhante é a admoestação em Levítico 11, 43-44: " Não se contaminem com qualquer desses animais. Não se tornem impuros com eles nem deixem que eles os tornem impuros. Pois eu sou o Senhor Deus de vocês; consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo. Não se tornem impuros com qualquer animal que se move rente ao chão". Veja também Levítico 20, 25-26: " "Portanto, façam separação entre animais puros e impuros e entre aves puras e impuras. Não se contaminem com animal, ou ave, ou com qualquer criatura que se move rente ao chão, os quais separei de vocês por serem eles impuros. Vocês serão santos para mim, porque eu, o Senhor, sou santo, e os separei dentre os povos para serem meus".
Além disso,
Deuteronômio 14, 1-3: " Vocês são os
filhos do Senhor, do seu Deus. Não façam cortes no corpo nem rapem a frente da
cabeça por causa dos mortos, pois vocês são povo consagrado ao Senhor, ao seu
Deus. Dentre todos os povos da face da terra, o Senhor os escolheu para serem o
seu tesouro pessoal. Não comam nada que seja proibido". Esta
porção conclui com as palavras (versículo 21), "Não comereis de tudo o que
morre por si mesmo, tu o darás ao estrangeiro que está dentro das tuas portas
para que ele possa comê-lo, ou tu podes vendê-lo a um estrangeiro: porquanto
és povo santo ao Senhor teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe".
Estes
versos constituem prova suficiente de que tais criaturas, por serem imundas,
foram proibidos de serem comidas por israelitas, que são um povo santo,
designados "filhos do Senhor". Alimento
impuro contamina o corpo daquele que come do mesmo; e um corpo contaminado infecta a
alma. Uma
alma que está contaminado não deve ser admitida no Santuário, isto é, diante da
presença divina, mas será privada de um futuro glorioso. A
declaração da Lei Revelada, de que a comida impura contamina o corpo do que
come, ao mesmo tempo derruba o argumento cristão "as coisas que entram na
boca não contaminam o homem, mas apenas aqueles provenientes da boca".
De que forma pode a opinião dos gentios, com base no seu Evangelho, ser conciliada com os diversos preceitos sobre certos animais expressos em muitas partes de nossa Sagrada Escritura? Por exemplo: "Não se contaminem por eles". "Serão imundas". "Não contaminem as vossas almas pelos répteis", etc. Tudo isso deve trazer convicção de que alimentos impuros contaminam o corpo ea alma. Quem, então, vai se aventurar a tornar lícito o que Deus proibiu, e anular os Seus estatutos? Além disso, se os fundadores do Cristianismo considerassem lícito aos gentios participar de alimentos impuros, por que eles prescrevem a eles (em Atos 15, 20): "abstenham-se de coisas estranguladas e de sangue"? Também deveria ser considerado que Adão mereceu punição por transgredir uma ordem que tinha sido dada a ele apenas uma vez! Quanto maior deve ser a transgressão deve ser de quem se aventura a comer alimentos impuros, tão repetidamente proibidos a eles!! Além disso, encontramos grandes inconsistências nesse princípio contido nos livros de Mateus e Marcos ("não é o que entra pela boca que contamina", etc.), pois muitas bebidas intoxicantes são capazes de , sem dúvida, contaminar o homem quando entram em excesso em sua boca, enquanto a partir da boca do homem podem sair as palavras do Deus vivo, louvores e ações de graças ao Seu Nome Glorioso, máximas sábias e morais, e conversas sociais para o intercâmbio de ideias. Nada disso contamina o homem, e alguém pode, inclusive, através de suas palavras merecer ser chamado de um homem santo.
Quanto à nossa Sagrada Escritura, dá a garantia de que, nos tempos vindouros, até mesmo os gentios irão abster-se de comer sangue e alimento impuro e abominável. Veja Zacarias 9, 7: "E eu vou tirar o sangue de sua boca, e as abominações de entre os dentes".
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