Mateus 19, 16 e versos seguintes: " E eis que, aproximando-se dele um
jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna? E ele
disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se
queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E
Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás
falso testemunho; Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que
me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que
tens e dá-o aos pobres". O mesmo pode ser encontrado em Marcos 10, 21. Em
Lucas 18, 22, Jesus assim aconselha: "Vende tudo o que tens e reparte-o para
os pobres", etc. Jesus, ao dizer que há bom senão um só, que é Deus,
ensinou a seus seguidores um princípio monoteísta. Ele ensinou-lhes, ao mesmo
tempo, que a salvação depende da observância dos mandamentos divinos. Todos
esses ensinamentos, dados por Jesus, são renunciados pelos cristãos. Assim,
depois de terem jogado fora essas observâncias inconvenientes e onerosas
ensinadas no Novo Testamento, eles poderiam muito bem alegar que os preceitos
severos da Lei Mosaica foram revogados. Prestarão contas diante de um
Legislador, cujas leis eles julgam conveniente ignorar. Gostaríamos de perguntar:
que preceito é o mais grave, o de Jesus, que exige que um homem deve
despojar-se de sua propriedade para o benefício dos pobres, ou a Lei Mosaica,
que ordena que só os dízimos devem ser dedicados a fins sagrados, ficando o
resto à livre disposição do proprietário?
"Ḥizuq Emuná" (FORTALECIMENTO DA FÉ) é um livro escrito pelo erudito judeu caraíta ISAAC BEN ABRAHAM DE TROKI (Lituânia, c. 1533 - 1594), como resposta aos argumentos cristãos que afirmam que o TANAKH ("Antigo Testamento")prenuncia Jesus e o Novo Testamento. O livro explica as supostas profecias do Tanakh e mostra as contradições do Novo Testamento e do Cristianismo.
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