Malaquias, no final do livro (3,
23, ou 4, 5 na Bíblia Cristã), diz: "Eis que eu vos enviarei o profeta
Elias, antes que venha o grande e terrível dia".
Tem sido afirmado por intérpretes cristãos dessa passagem, que os judeus esperam inutilmente o cumprimento dessa profecia, porque ela já se cumpriu na pessoa de João Batista, que em espírito era igual a Elias. Isso é dito em Mateus 11, 10, em que Jesus declarou que João era o Elias previsto por Malaquias. Eles particularmente indicam o capítulo 17 de Mateus, onde Jesus afirma (versículos 12 e 13) "Mas eu vos digo que Elias já veio, e eles não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram". Assim, seus discípulos foram levados a acreditar que Elias e João eram o mesmo na profecia acima.
REFUTAÇÃO:
Como podem eles negar a
identidade pessoal do profeta, mencionado no capítulo 3, 23? Quem
ousaria afirmar que qualquer outra pessoa é mencionada, e não o real profeta
Elias, uma verdade igualmente manifesta nas seguintes passagens: I Reis 18, 21:
"E Elias se aproximava". II
Crônicas 21, 12: "E um escrito de Elias, o profeta, chegou a ele". Se
a profecia sob consideração fazia referência a um indivíduo por tempo
indeterminado, teria sido comunicadas em termos tais como o seguinte: "Eis
que eu vos enviarei um homem como o profeta Elias". Além
disso, ele poderia ter dito em termos que não poderiam ter deixado de produzir
convicção: "Eis que eu vos enviarei João". Que necessidade havia de
tê-lo chamado Elias? Nossos
argumento ganha força pelas próprias declarações contidas no evangelho de João (1,
21) "E perguntaram-lhe [a João]: ‘és tu Elias?’, e ele disse: ‘eu não sou’".
"És tu o profeta? E ele respondeu: Não". Comparando
esta passagem com uma afirmação feita em Mateus, encontramos uma contradição
mais evidente entre os dois Evangelhos. Veja
Mateus 17, 10-13: "E os seus discípulos perguntaram-lhe [a Jesus],
dizendo: Por que dizem então os escribas que Elias deve vir primeiro? E Jesus,
respondendo, disse-lhes: Elias deve primeiro vir
e restaurar todas as coisas, mas eu vos digo que Elias já veio, e não o
conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem
sofrerá. Então os discípulos entenderam
que ele lhes falava de João Batista". É
absolutamente desnecessário ilustrar quaisquer outras expressões similares que
ostentem tão visivelmente o selo da invenção humana! Estamos
totalmente preparados para estimar o valor da interpretação dada a esta
discrepância pelos comentadores cristãos, que afirmam que João recusou o título
de "profeta Elias" por pura humildade. A
humildade não nos permite proferir uma mentira intencional a fim de estabelecer
a nossa superioridade! profetas
fiéis declararam abertamente suas missões e o objeto de seu advento perante o
mundo. Nós
descartamos, portanto, a alegação da interpretação cristã como totalmente
insatisfatória e sem fundamento.
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