quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Parte 1, Capítulo 29 - A Nova Aliança, profetizada em Jr 31, 32 foi cumprida com o Evangelho de Jesus?



Jeremias 31, 32: "Eis que vêm os dias, e eu vou fazer uma nova aliança com a casa de Israel e com a Casa de Judá". Os cristãos afirmam que o profeta Jeremias aqui anunciava o advento de uma nova lei para o povo de Israel, que seria o Evangelho de Jesus de Nazaré.


REFUTAÇÃO:

A Escritura não alude aqui à substituição da antiga Lei por uma nova, mas apenas à realização de um novo pacto, uma aliança independente da lei. Assim, encontramos na história de Finéias (Números 25, 12): "Eis que eu dou o meu pacto de paz". A aliança, portanto, não poderia significar a emissão de uma nova lei destinada apenas a Finéias. Em Levítico 26, 42, nos deparamos com uma menção como de uma aliança: "E me lembrarei do meu pacto com Jacob, do meu pacto com Isaac, e também da minha aliança com Abraão me lembrarei", etc. A partir deste modo de expressão, ninguém se arriscaria a inferir que o Todo-Poderoso deu uma lei especial para cada um dos patriarcas! Pactos também são feitas entre homem e homem. Assim, encontramos, em Gênesis 21, 32: "Eles dois [Abraão e Abimeleque] fizeram um pacto um com o outro". Voltando agora ao verdadeiro sentido do verso no início deste capítulo, descobrimos que o Todo-Poderoso tem reservado para Israel a outorga de um novo pacto de proteção quando o povo judeu for restaurado a sua terra, um pacto que, ao contrário do anterior, nunca será dissolvido. Por conta disso a profecia continua (em Jeremias 31, 31 e versos seguintes) e diz que a aliança futura não será como "a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela a mão, para os tirar da terra do Egito, pois quebraram minha aliança", etc. Após essa introdução, o profeta prossegue: "Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel: vou colocar a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração, e serei o seu Deus e eles serão o meu povo". Essas citações são suficientes para mostrar que o Todo-Poderoso não tinha a intenção de emitir uma nova lei, mas de imprimir sua antiga Lei Divina nos corações da pessoas, de modo que  a Lei nunca seja esquecida em todo o tempo. O leitor, dirigindo-se ao capítulo 19, descobrirá que demonstramos a perpetuidade da Lei Divina que foi dada no Sinai. Consequentemente, a promulgação de uma nova lei suplantando a antiga não pode ocorrer.

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