Lucas 6, 27-29: "Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os
seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam,
orem por aqueles que os maltratam. Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe
também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica".
Esse
texto é uma repetição do que pode ser encontrado em Mateus 5, 39. Ambas
as ordens sempre foram e são, no entanto, não só ignoradas pelos membros da
religião cristã, mas não foram sequer praticadas pelo próprio Jesus no espírito
literal das palavras! Em
João 18, 22, vemos que Jesus, quando espancado por um servidor, em vez de
oferecer tranquilamente sua outra face, muito naturalmente discutiu com ele
sobre a injustiça de tal procedimento sumário. Paulo,
ao invés de silenciosamente se submeter à ordem dada pelo sacerdote, sobre ferirem
o apóstolo na boca (Atos 23, 2-3), ou de oferecer mansamente a bochecha,
indignado xingou: "Deus te ferirá, tu, branqueada parede!". Se
o preceito foi quebrado, a rigor, pelo próprio discípulo que o promulgou, é
estranho atribuir às doutrinas de Jesus, como é feito em algumas partes do
Evangelho, um maior grau de praticabilidade do que o das antigas leis
de Moisés, o que deve convencer qualquer homem pensativo de que as doutrinas
cristãs nem sempre são infalíveis.
"Ḥizuq Emuná" (FORTALECIMENTO DA FÉ) é um livro escrito pelo erudito judeu caraíta ISAAC BEN ABRAHAM DE TROKI (Lituânia, c. 1533 - 1594), como resposta aos argumentos cristãos que afirmam que o TANAKH ("Antigo Testamento")prenuncia Jesus e o Novo Testamento. O livro explica as supostas profecias do Tanakh e mostra as contradições do Novo Testamento e do Cristianismo.
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