Lucas
4, 17-21: "E foi entregue (a Jesus) o livro do profeta Isaías, e quando
ele abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: ‘O Espírito de Deus
está sobre mim ,
porque ele me ungiu para pregar o Evangelho aos pobres. ele me enviou para
curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos, e
restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, proclamar
o ano aceitável do Senhor’. E ele fechou o livro, devolveu-o ao ministro e
sentou-se. Ele lhes disse: 'hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos!".
Isaías
61, 1-2 é aqui citado de forma distorcida. Com
o objetivo de reafirmar os poderes de cura atribuídos a Jesus, o dom de
restaurar a vista aos cegos foi adicionado à missão do Messias. Por
outro lado, uma parte do texto é omitida pela citação: "Um dia de vingança
para o nosso Deus; consolar todos os enlutados, dar aos enlutados de Sião
glória em vez de cinzas, óleo de alegria em vez de pranto, o manto de louvor
em vez de espírito sombrio". Jesus
não tinha o direito de atribuir a si a glória dos feitos que ele não tinha
realizado! Isaías falou aqui
de si mesmo. E
ao dizer: "O Senhor me ungiu", ele não tinha a intenção de se referir
a nada mais do que a unção divina que recebera como profeta. Fora
ele quem foi enviado para oferecer consolo, a fim de que os israelitas, durante
seus longos sofrimentos, não se desesperassem da ajuda divina e da sua futura
restauração. Eles,
os filhos exilados de Israel, foram abordados pelos profetas "como os
aflitos, os contritos de coração, os cativos, os prisioneiros, os aflitos de
Sião". Apenas
eles tinham necessidade das promessas consoladoras proféticas, e a eles
unicamente o texto de Isaías se referia.
"Ḥizuq Emuná" (FORTALECIMENTO DA FÉ) é um livro escrito pelo erudito judeu caraíta ISAAC BEN ABRAHAM DE TROKI (Lituânia, c. 1533 - 1594), como resposta aos argumentos cristãos que afirmam que o TANAKH ("Antigo Testamento")prenuncia Jesus e o Novo Testamento. O livro explica as supostas profecias do Tanakh e mostra as contradições do Novo Testamento e do Cristianismo.
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