Lucas 1, 26-33: aí é relatado que
o anjo Gabriel veio como um mensageiro enviado por Deus a Maria no seu estado
virgem, quando ela estava desposada com José, da casa de David, e que Ele
anunciou a ela que ela iria conceber e dar à luz um filho, que seria santo, devendo
ser chamado filho do Altíssimo; que o trono de David seria atribuído a ele pelo
Senhor Deus, e que ele iria reinar sobre a casa de Jacob para sempre, sendo que
para seu reino não deve haver nenhum fim.
A declaração não concorda com
aqueles feitas em outras partes do Novo Testamento, e lança fortes suspeitas
sobre a veracidade de um livro que se afirma ter sido escrito sob a influência
de inspiração. Se Maria tivesse recebido uma mensagem tão divina, por que ela e
seus filhos se recusariam a crer e a obedecer a esse Filho de Deus? E por que
ela e sua prole se manteriam longe do círculo dos discípulos dele, ao qual
Maria tinha dado à luz através do intervenção de um milagre? Veja Marcos 3, 31.
Um contraste marcante também aparece entre as palavras de Lucas 1, 26 e aqueles
em João 7, 5, que tivemos a oportunidade de citar em capítulo anterior, a saber:
"Seus irmãos não acreditavam nele". Será que não teria a virgem-mãe
dever de informar seus filhos dos altivos atributos que tinha seu primogênito?
Mais uma vez, por que Maria nomearia seu filho "Jesus", se ele
deveria ser chamado Emanuel, de acordo com a interpretação dada à famosa
passagem de Isaías, que é especialmente citada em Mateus 1, 22-23? Por que o
anjo mantêm a promessa nunca cumprida de que Jesus iria se sentar no trono de
Davi? Além disso, por que Jesus foi chamado o descendente de David, uma vez que
é alegado que ele não era a descendência de José, da casa de Davi, mas sim
gerado do Espírito Santo? O número de contradições também é aumentada pelas
palavras de Paulo na sua Primeira Epístola aos Coríntios, capítulo 15,
versículo 28: "Então o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas
as coisas submeteu a dele". Esta é mais uma prova de que o reino de Jesus
não se destina a continuar por toda a eternidade, mas que deve apenas ser de
natureza temporária. Assim, chegamos à conclusão, citando as autoridades da fé
cristã, de que o Pai e o Filho são personagens totalmente distintos.
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