terça-feira, 18 de outubro de 2016

Parte 2, Capítulo 49 - União das religiões do mundo não foi feita por Jesus, como se afirma em Jo 10, 16



João 10, 16: "E tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a essas também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor".

A verdade bíblica que está contida nessa passagem não faz nenhuma referência ao que diz o Novo Testamemto, pois a união de fé não foi realizada por Jesus, e só terá lugar em um período futuro, quando o tempo adequado chegar. Isto é testemunhado pelas seguintes passagens das Escrituras. Isaías, no capítulo 45, 23, diz: "  Por mim mesmo tenho jurado, já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás; que diante de mim se dobrará todo o joelho, e por mim jurará toda a língua". Sofonias 3, 9: "Pois então darei ao povo uma linguagem pura, para que todos invoquem o nome do Senhor, para servi-Lo com um consentimento". A predominância do judaísmo sobre todas as religiões dos gentios é citada nos seguintes excertos dos profetas: Isaías 52, 1: "desperta, desperta, veste-te da tua fortaleza, ó Sião; coloca tuas roupas formosas, ó Jerusalém, cidade santa, porque a partir de agora não haverá mais ir ter contigo o incircunciso e o impuro". Capítulo 66, 23: "E deve ser que desde uma lua nova até a outra, e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor". Zacarias 14, 16: "E deve ser que todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos ." Quanto à atribuição da soberania dos impérios para o futuro Rei Messias, encontramos em Daniel 2, 44: "Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre".

Também em 7, 27: "E o reino e o domínio, e a grandeza do domínio debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo, cujo reino é um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e o obedecerão". Números 24, 17: "Eu vejo isso, mas não agora, eu o contemplo, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Judá, e ferirá os termos de Moab, e derrubará os filhos de Sete".

Parte 2, Capítulo 41 - João Batista nega ser o Elias (Jo 1, 21), em contradição a Jesus



João 1, 21: "E perguntaram-lhe: Então quem és? És tu Elias? E ele disse: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não".

Este versículo contradiz completamente a declaração feita em Mateus 11, 13-14, segundo a qual João está incluído na lista de profetas e é considerado o último deles. As palavras usadas no Novo Testamento, que já tivemos a oportunidade de apresentar, dizem o seguinte: "Todos os profetas e a lei profetizaram até João; e se quereis dar crédito, é este o Elias [Elias], que havia de vir". Em Mateus 17, 12-13, Jesus, em alusão a João, afirma que o precursor do Messias havia chegado, embora não tivesse sido reconhecido como tal. Ele diz que, "Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe o que sempre quiseram. Assim também o Filho do Homem sofrerá deles. Então, os discípulos compreenderam que ele falava do João Batista ".

Uma vez,  quando apresentei essa contradição para um cristão, ele evitou uma resposta direta, alegando que Samuel igualmente havia negado sua verdadeira missão, pois ele disse a Saul que estava em seu caminho para oferecer sacrifícios, enquanto seu objetivo real era ungir David como Rei de Israel.

A veracidade dessa resposta não é aparente, por Samuel não fez segredo de sua missão para Davi, a quem ele deveria comunicar a vontade divina, mas observou o cuidado necessário para com Saul, a quem ele não tinha sido enviado.
Diferente, no entanto, foi o caso sobre o suposto Elias.

Se ele [João], tinha que apresentar aos judeus a notícia do advento do Messias, é muito estranho ele haver negado sua incumbência e escondido sua mensagem.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Parte 2, Capítulo 32 - Inconsistências nos evangelhos sobre Maria crer ou não em seu filho



Lucas 1, 26-33: aí é relatado que o anjo Gabriel veio como um mensageiro enviado por Deus a Maria no seu estado virgem, quando ela estava desposada com José, da casa de David, e que Ele anunciou a ela que ela iria conceber e dar à luz um filho, que seria santo, devendo ser chamado filho do Altíssimo; que o trono de David seria atribuído a ele pelo Senhor Deus, e que ele iria reinar sobre a casa de Jacob para sempre, sendo que para seu reino não deve haver nenhum fim.

A declaração não concorda com aqueles feitas em outras partes do Novo Testamento, e lança fortes suspeitas sobre a veracidade de um livro que se afirma ter sido escrito sob a influência de inspiração. Se Maria tivesse recebido uma mensagem tão divina, por que ela e seus filhos se recusariam a crer e a obedecer a esse Filho de Deus? E por que ela e sua prole se manteriam longe do círculo dos discípulos dele, ao qual Maria tinha dado à luz através do intervenção de um milagre? Veja Marcos 3, 31. Um contraste marcante também aparece entre as palavras de Lucas 1, 26 e aqueles em João 7, 5, que tivemos a oportunidade de citar em capítulo anterior, a saber: "Seus irmãos não acreditavam nele". Será que não teria a virgem-mãe dever de informar seus filhos dos altivos atributos que tinha seu primogênito? Mais uma vez, por que Maria nomearia seu filho "Jesus", se ele deveria ser chamado Emanuel, de acordo com a interpretação dada à famosa passagem de Isaías, que é especialmente citada em Mateus 1, 22-23? Por que o anjo mantêm a promessa nunca cumprida de que Jesus iria se sentar no trono de Davi? Além disso, por que Jesus foi chamado o descendente de David, uma vez que é alegado que ele não era a descendência de José, da casa de Davi, mas sim gerado do Espírito Santo? O número de contradições também é aumentada pelas palavras de Paulo na sua Primeira Epístola aos Coríntios, capítulo 15, versículo 28: "Então o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas submeteu a dele". Esta é mais uma prova de que o reino de Jesus não se destina a continuar por toda a eternidade, mas que deve apenas ser de natureza temporária. Assim, chegamos à conclusão, citando as autoridades da fé cristã, de que o Pai e o Filho são personagens totalmente distintos.