A respeito de Tiago 2, 14 até o
final do capítulo: o autor desta epístola recomenda boas obras como superiores
à mera fé, e então continua: "Não foi nosso pai, Abraão, justificado pelas
obras, quando ofereceu Isaque, seu filho, sobre o altar? Da mesma forma também,
não foi Raabe a prostituta justificada pelas obras, quando recebera os
mensageiros e os enviara por outro caminho? Porque assim como o corpo sem o
espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.
A opinião aqui citada contradiz a
de Paulo, que escreve em sua Epístola aos Romanos, capítulo 3, 20:
"Portanto, pelas obras da lei nenhuma carne será justificada".
Novamente ele diz, no mesmo capítulo, versículo 28: "Portanto, concluímos
que um homem é justificado pela fé sem as obras da lei". Em sua epístola
aos Gálatas, capítulo 2,16, Paulo repete a afirmação de que a fé em Jesus é de
maior proveito do que a observância da lei, dizendo: "Sabendo que um homem
não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo". No
final deste capítulo, ele afirma: "Se a justiça vem pela lei, então Cristo
morreu em vão". Doutrina semelhante é encontrada no capítulo 3 da mesma
carta, do começo ao fim. Também ao longo da Epístola aos Hebreus, capítulo 11,
sustenta-se que a fé é preferível às obras. Veja novamente o versículo 17, que
diz: "Abraão, provado pela fé, ofereceu Isaque". Novamente, versículo
31, "Pela fé, a prostituta Raabe não pereceu com os que não creram, quando
ela recebeu os espias em paz". Nós, judeus, não temos interesse em
reconciliar as discrepâncias que ocorrem no Novo Testamento e decidir se mais verdade
pode ser encontrada em uma dessas opiniões ou na outra. Todas as nossas
aspirações nos levam a adotar um modo de vida em perfeita conformidade com a
Santa Lei, que nos diz: [Deuteronômio 6,25] "E nos será contada como
justiça se guardarmos e cumprirmos todos estes mandamentos".
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